segunda-feira, 13 de junho de 2011

Categorias de base da AFE - Trabalhos devem continuar

Com a proximidade da Copa Paulista de 2011 e os efervescentes trabalhos da comissão técnica e do departamento de futebol da Ferroviária para montar o elenco para a competição, a imprensa e a torcida de maneira geral se voltam para o time profissional, no entanto ressalto a importância da continuidade dos trabalhos nas categorias de base.

Não há dúvida de que os objetivos do time profissional exercem prioridade no momento, mas a AFE deve ter uma estrutura multifuncional que possibilite trabalhar com diferentes frentes de atuação.

Atualmente, dentre os times da base, a única com chances de passar para a 2ªfase do Campeonato Paulista é o SUB20. O SUB15 e  SUB17 tem remotas chances de classificação fato que deve encerrar a participação nas competições com certa brevidade.

E o que será feito após isso? Essa pergunta segue indefinida ou pelo menos sem a devida divulgação por parte da Ferroviária e da FUNDESPORT.

No dia 16 de maio já exercia minha preocupação com o texto intitulado Categorias de Base da AFE - Qual é o projeto?.  Hoje, ainda sem um pronunciamento oficial, volto a enumerar não só a necessidade de evolução nos aspectos estruturais das categorias de base mas também nos trabalhos ligados diretamente a atividade esportiva e fora dela.

Primeiramente a de se distinguir esforço e resultado. É mais do que obvio que todos os envolvidos, corpo diretivo, comissões técnicas e atletas despenderam esforços com minguados recursos e escasso tempo de preparação, no entanto não se deve ignorar os resultados alcançados. O trabalho de todo o período deve ser avaliado, tanto o administrativo, bem como o técnico, de maneira individual e coletiva. Será a partir desse ponto que teremos um plano de melhorias e planos individuais de desenvolvimento.

A cobrança maior tem que ser em cima dos líderes e gestores, afinal estamos falando de atletas da base com potencial a ser desenvolvido. Trabalhar com a base é diferente de se trabalhar com a equipe adulta. A didática, os fundamentos do futebol, a preparação física, os princípios pedagógicos devem ser distintos e aplicados por profissionais qualificados. Todos os nossos profissionais estão preparados para atender essas demandas com qualidade? Se não, convém renovar o quadro com profissionais especializados na formação de atletas de base ou iremos investir na capacitação dos atuais membros com cursos de especialização, pós-gradução e outros?

Enxergo também a dedicação de tempo para ensinar aos atletas fundamentos  e desenvolver competências como por exemplo regras do jogo, leitura tática, aplicação de planos táticos, liderança situacional, motivação, análise de erros, dentre outros. Esse tipo de trabalho deve ter amparo em sala de aula com exemplos práticos, estudos de caso, utilizando-se de vídeos e material apropriado. Tais atividades irão potencializar os trabalhos dentro de campo na aceleração da curva de aprendizagem.

Para os atletas enxergo que outros parâmetros fora de campo também devem ser trabalhados. O futuro como atleta ou não de futebol podem ser amparados com a qualificação nos estudos. A AFE por exemplo poderia firmar parceria com o COC, que já o patrocina, para dispor de bolsa de estudos para seus atletas. Tal situação também vale e pode ser trabalhada para cursos de idiomas.

Um acompanhamento nutricional individualizado também pode ser elaborado através de parcerias com nutricionistas e universidades locais, determinado assim uma alimentação adequada para o apropriado desenvolvimento físico, preservando a saúde e melhorando a performance, além de mitigar os riscos com lesões no futuro.

Por fim, devemos ter um calendário anual de atividades sem grandes períodos de inatividade. Há de se disputar outras competições em todas as categorias, se for o caso promover torneios regionais com clubes que demonstram bons resultados. Vejo necessário também promover o intercâmbio de conhecimento com outras agremiações em suas estruturas e metodologias de trabalho como por exemplo PAEC e o Olé Brasil. 

Essas são alguma melhorias que podem contribuir para o desenvolvimento das categorias de base da AFE. Vale lembrar que os atletas são amadores mas a gestão tem que ser profissional.  Por fim, mantenho o espaço aberto para os dirigentes da Ferroviária e da FUNDESPORT se manisfetarem sobre o assunto. Força AFE. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário