segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

A Academia do Interior pode e merece muito mais

O time grená amargou anos de perdas financeiras e dilapidou seu patrimônio. Agora, aos poucos vem se reerguendo, se reestruturando e a meu ver é chegada a hora de buscar novos sonhos, novos horizontes. Não meu caro torcedor, não estou falando em disputar a série A1 do Paulistão, ou outros campeonatos de tamanha pujança. Estou pensando em um Centro de Treinamento, Capacitação e Excelência Esportiva. Esse investimento, com grande foco nas categorias de base, seria um dos pilares básicos para a sustentabilidade do clube-empresa no futebol moderno.

Você pode estar pensando, lá vem mais um "sem noção" que não sabe nada das condições financeiras da equipe e que no popular "viaja na maionese".

Bem meu caro, sei muito bem as condições grenás, mas também sei que teremos no Brasil em 2014 a Copa do Mundo e em 2016 as Olimpíadas. Dois eventos mundiais e astronômicos, com inúmeras oportunidades. É preciso estar na hora certa e no lugar certo, ter iniciativa e empreendedorismo.

Também sei que a AFE tem grandes articuladores, como por exemplo o deputado estadual Edinho Silva, um forte aliado e pessoa de grande influência no partido dos trabalhadores e no atual governo brasileiro. Junto a ele temos o nosso presidente Juninho e o diretor de futebol Walquírio Cabral, um dos grandes executivos da mundial empresa LUPO.

Se isso não bastasse, temos também outras forças políticas regionais além da Câmara de Vereadores e próprio governo municipal, principalmente envolvidos por se tratar de um projeto de cunho de social, educacional e esportivo.

Mas afinal o que seria esse projeto?

Tomemos por referência o Pão de Açúcar Esporte Clube, o PAEC. Um projeto impar que beneficia centenas de jovens todo ano dando todo amparo e oportunidade para desenvolver novos atletas.

O Centro de Treinamento do PAEC em São Paulo tem 51mil metros quadrados e oferece tecnologia de ponta na formação de atletas. O CT do PAEC tem quatro campos de futebol com medidas oficiais e outro campo society; piscina aquecida para recuperação física e treinamento; campo de areia; campo de fundamentos; academia completa; ambulatório; fisioterapia; sala de projeção, sala de estudos; sala de inglês; refeitório; cozinha industrial; alojamento para 60 atletas; sala de recreação e sala administrativa.

Além disso os atletas passam por check-up médico, exames odontológicos e oftalmológicos. Frequentam a escola regular e recebem benefícios como vale-transporte, assistência médica e odontológica e bolsa auxílio. Para conhecer mais sobre o projeto do PAEC acesse o site http://www.paec.com.br.

O dinheiro para tal estrutura vem em grande parte de seu mantenedor principal o Grupo Pão de Açúcar mas também, e aí que a Ferroviária deve se espelhar, em parcerias decorrentes da lei de incentivo ao esporte que propicia destinar até 1% do imposto total anual devido sem qualquer ônus para as empresas.

Cabe então a Ferroviária e seus dirigentes elaborar o projeto inicial, buscar amparo legal na lei de incentivo ao esporte, estabelecer parcerias locais e nacionais, públicas e privadas, e desenvolver um plano de trabalho realista, mesmo que a longo prazo para a realização de tal objetivo.

Tendo o projeto estruturado o primeiro grande desafio político será obter uma área para as futuras instalações. E aí, alguém com coragem e competência se habilita?

Um comentário:

  1. Investir na base não é só POSSÍVEL, como EXTREMAMENTE NECESSÁRIO!
    Um clube de futebol sem categorias de base é como uma casa que não possui vigas de sustentação e paredes, tendo apenas o telhado (futebol profissional).
    Neste assunto sou totalmente capaz de tecer uma opinião, pois pesquiso a área de formação de atletas há pelo menos 6 anos!
    Na nossa pesquisa definimos como DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL o termo correto para o trabalho de base. Onde o clube forma jogadores identificados com o clube e capazes de atuar na categoria profissional (sem custo de contratação e com baixo custo salarial) além de ser uma fonte financeira na venda de atletas.

    Mas, a trabalhar com formação não é igual a trabalhar no profissional! São necessários metodologias específicas (e modernas) e, além disso, profissionais capacitados e atualizados, com conhecimento científico sobre cada fator de formação.

    E mais! os resultados não são milagrosos! Levam tempo! Um projeto tem que ter no mínimo de 3 a 4 anos(mesmo sendo possível obter resultados antes disso).

    Acompanho a AFE, pois morei na cidade, joguei na base da AFE por um tempo (até ir jogar no PR), mas sei do potencial que o clube, a cidade e a região tem para formação de atletas! Mas é necessário que os dirigentes sejam conscientes e INVISTAM na formação, pois os frutos podem ser imensuráveis!

    Abraços!


    Glauber Caldas

    http://www.glaubercaldas.com

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