Planejamento Estratégico – Atividades paralelas e princípios para um bom plano

Faltando pouco mais de 2 meses para o início do Campeonato Paulista da A2 em 2011 a diretoria e comissão técnica trabalham com afinco para montar o time e prepará-lo para chegar em ótimas condições físicas e táticas para a competição.

Nesta etapa, uma série de atividades estão e devem acontecer em paralelo, ou seja, ao mesmo tempo. Temos os reforços chegando, o mapeamento físico e fisiológico dos atletas, a elaboração e implantação de todo o plano de condicionamento, individual e coletivo. Faz-se necessário também a avaliação técnica dos jogadores, a elaboração dos planos táticos, a preparação de treinos específicos e readequações em função de novas análises e oportunidades. Em conjunto com todo esse trabalho temos também a viabilização de jogos amistosos visando mensurar, de maneira mais objetiva, jogadores e táticas, necessidades e correções. Tudo isso deve constar de um detalhado dossie com diagnósticos, objetivos, metas, prazos e reuniões de alinhamento estratégico. Dar clareza, definir papéis e responsabilidades a todos os envolvidos também é de suma importante para que as atividades aconteçam sempre com os melhores resultados. Não é necessário dizer que a liderança e todo o gerenciamento cabe a comissão técnica sob o comando do técnico João Martins.

Especificamente nesse texto farei minhas considerações sobre os jogos amistosos preparatórios e que são de suma importância para mitigar erros, minimizar riscos, vivenciar e avaliar alternativas. Devemos começar o certame em plenas condições, evitando ao máximo possíveis deslizes que podem impactar todo trabalho ou torná-lo mais arriscado e custoso e principalmente, afetar o objetivo maior do grupo que é obter o acesso para a série A1 em 2012.

O parametro inicial é o prazo, aproximadamente 60 dias para a estréia, condição inegociável, portanto as ações devem se encaixar nessa condição. Com esses argumentos penso ser necessário realizar de 5 a 7 jogos amistosos, cada qual com seu enfoque.

Os times regionais que disputam a série A1 seriam bons testes além de baixo custo tanto para jogar na Arena bem como para jogar fora de casa. Botafogo de Ribeirão Preto e Noroeste de Bauru seriam os times nessas condições podendo haver mais de um jogo. Outros clubes da A1 também são opção mas os custos envolvidos para a realização dos jogos podem impactar no orçamento. Os grandes clubes estão disputando o Brasileirão e após o encerramento devem passar por férias, fator que limita tais possibilidades.

Times adversários da A2 também são boas opções. Uma boa estratégia é buscar jogos com as equipes do grupo 1, lembrando que a AFE está no grupo 2. Tal estratégia visa evitar sofrer surpresas e desilusões no quadrangular decisivo da 2 ªfase, quando os times serão mesclados. Dos times da A2 focaria inicialmente no Red Bull e PAEC jogando aqui na Arena, pois são equipes-empresa com solidez financeira e estrutural e por estarem em grupos diferentes na Ferroviária, acredito estarem mais acessíveis e suscetíveis a amistosos. Além do acima exposto, contam também com bom comando técnico, como por exemplo, o técnico Luis Carlos Martins, do PAEC, de reconhecido valor. Red Bull e PAEC também contam com um elenco entrosado e de bons resultados recentemente.

Amistosos com outras equipes bem estruturadas do grupo da AFE na A2 também darão boas referências. Jogos com o Comercial, Rio Claro e Sertãozinho teriam baixo custo tanto jogando em casa bem como fora, basta saber se os times terão interesse.

Times da A2 com reconhecidas dificuldades bem como confrontos com equipes da A3 e Segundona, como por exemplo, o São Carlos, o XV de Jaú, o Américo e a Matonense, apesar da facilidade logística e dos baixo custos envolvidos terão, sem demérito a esses clubes, baixo valor agregado para a AFE nesse momento, não sendo formas eficientes para testar planos táticos e jogadores. Se fosse jogar com algum time da A3 seria com o Penapolense que está na semifinal da Copa Paulista ou o Grêmio Barueri que dispõe também de boa estrutura, infelizmente os custos e logísticas para esses jogos não são atrativos.

Estas são minhas sugestões para a comissão técnica e a diretoria grená. Ressalto que, no meu entendimento,não devemos ter confrontos que possam passar falsas impressões e o barato sair caro no futuro próximo.

Saudações grenás. Força AFE!!!