segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A grama do vizinho... – União São João

A série "a grama do vizinho é sempre mais verde" continua. O escolhido de hoje é o União São João, nosso 1° adversário na competição.

O União São João de Araras comemorará 30 anos de existência em 2011, mas o clima não é de festa. Até o momento o time busca patrocinadores para sustentar o clube no Campeonato Paulista da série A2 e compor o elenco, parcerias que estão em negociação ha meses mas que até agora nada de concreto foi anunciado. Por lá, como muitos clubes paulistas, as dificuldades limitantes são financeiras.

Com tais problemas o clube ainda não anunciou o técnico para o comando da equipe em 2011. A última previsão é que isso aconteça até o dia 19 de novembro, resta saber se será cumprida desta vez ou protelada como vem acontecendo desde outubro. Outro ponto que vem mudando com o tempo é o discurso dos possíveis treinadores. Em meados de setembro a notícia era contratar um técnico experiente e de qualidade, os nomes prováveis eram Jair Picerni, Luiz Carlos Ferreira e Lula Pereira, mas nos últimos tempos a conversa está com outro tom, o União agora busca um técnico que se encaixa nos padrões financeiros possíveis do clube. Tudo indica que Luiz Carlos Ferreira, o Ferreirão, será novamente o treinador do União no Paulista da A2. Ferreirão já treinou a equipe em 5 ocasiões e era o técnico no último paulistão, insistência não vista com bons olhos por parte da imprensa e torcida.

A pressão pelo acesso é outro fator desistabilizador no clube. Desde que foi rebaixado do Paulistão da série A1, em 2005, o time faz boas campanhas na série A2 e se classifica para a fase final da competição, no entanto, na etapa de definição para o acesso o time sempre "morre na praia". Qualquer deslize em 2011, acredito, cairá como uma bomba em todo o grupo.

A regionalização do paulista criada essencialmente para reduzir custos também não está a favor do União, a princípio é o clube menos beneficiado com tal regra, diante dos jogos em São José do Rio Preto, Catanduva e Marília, enquanto a equipe poderia se deslocar para Americana, Campinas e Piracicaba, cidades bem próximas a Araras. Na atual fase de “vacas magras” dos clubes paulistas qualquer economia é lucro, isto sem falar no desgaste enfrentado pelo elenco nas longas distancias.

A equipe que disputou a Copa Paulista foi desfeita, tendo como principal argumento o péssimo desempenho, o clube não passou da 1ª fase. Restaram no elenco 14 jogadores, não necessariamente atletas com qualidades para a série A2. O clube deve mesclar jogadores da base com um grupo de atletas ainda a serem contratados, que possivelmente em função do tempo, ocorra somente no inicio de dezembro. Embora a diretoria não tenha revelado oficialmente, há rumores de que o teto salarial não deverá passar de R$5mil.

Aparentemente a vida não está fácil em Araras, apesar de parecer em condições financeiras similares à Ferroviária o plano de trabalho e as contratações por aqui estão bem mais encaminhadas. Faltando 60 dias para o início do campeonato ainda há muitas atividades a definir e por fazer no União São João. A indefinição do comando técnico e de seu elenco, além da possibilidade de atroplear etapas são, a meu ver, os maiores riscos de insucesso do time de Araras. A grama por lá, até agora não está verde, diria que o campo lá está um “terrão” com uns tufos de grama aqui e acolá, bem como também há a presença de capim em alguns setores do time.

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