segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A procura de um exímio cobrador de faltas

Wilson Carrasco, na minha
opinião, o maior cobrador grená
O que relato hoje não é nenhuma novidade, quem tem um bom cobrador de faltas tem um enorme diferencial no futebol. É claro que, para a grande maioria dos jogadores, ser um exímio cobrador passa longe de seu potencial mesmo assim não vejo como um time que almeja alcançar destaque não ter alguém que possa decidir partidas na bola parada.  Quem é das antigas lembrará do camisa 10 e exímio cobrador afeano Wilson Carrasco. No cenário nacional  não tem como não citar Rivelino, Dicá, Zenon, Nelinho, Éder, Zico, Roberto Dinamite, Neto e os mais recentes Ronaldinho Gaucho, Rogério Ceni e Marcos Assunção.

Falando em sensações e emoções para o torcedor, as cobranças de faltas tem um charme especial. Para tentar dar mais clareza, nas cobranças de pênaltis dominam as sensações de estresse, de angustia, de tensão e agonia, é um sofrimento pela concretização do gol iminente, já nas faltas há uma expectativa e esperança pulsante, salutar, um "cheiro de gol" ainda muito mais intenso se dispomos de um atleta competente nesse quesito. Vale ressaltar também do ponto de vista do jogador, as sensações também mudam muito, enquanto no pênalti a responsabilidade e pressão é do cobrador, na cobrança de falta a responsabilidade pesa nas mãos dos goleiro.

Mas afinal, qual o motivo deste texto? Já faz algum tempo que a AFE não tem um bom cobrador, nosso último atleta de destaque foi Leandro Miranda na disputa do Paulista da série A3 em 2010. Fortalece meu raciocínio se olharmos as estatísticas. Em jogos oficiais da Locomotiva, nosso último gol de cobrança direta de falta foi há 36 jogos, na partida Ituano 1 x 3 Ferroviária pela Copa Paulista 2011. O gol foi do lateral direito Emerson e convenhamos, de 2010 para cá, esses momentos foram raríssimos.

Daniel, qualidade nos arremate
Como proposta para a comissão técnica grená e também aos atletas afeanos, sugiro um treinamento especial, uma capacitação específica voltado para a função, será bom para a equipe, para o espetáculo e também marcante e fortalecedor para a carreira do atleta. Na minha percepção de torcedor, buscaria desenvolver especificamente tais competências em dois atletas que vejo com qualidade na batida de bola e com boa leitura e percepção do jogo. Falo do lateral esquerdo Tatá e principalmente do meio campo Daniel, a meu ver o jogador que mais se encaixa com as competências necessárias para se tornar um bom cobrador.

Por fim, vale lembrar que esses garotos precisam de um coaching tanto técnico bem como psicológico para exercer com tranquilidade importante função mas que, com dedicação e esforço será gratificante. Deixaria tal função a cargo do treinador de goleiros Narciso, que "bate fácil na bola", basta observá-lo nos jogos grenás durante o aquecimento em campo, ou senão, quem sabe, chamar o querido Wilson Carrasco para desenvolver trabalho específico diretamente com o mestre. 

Fotos: Site Oficial da Ferroviária e Museu do Futebol e Esportes de Araraquara

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