Diferente do Futsal e do basquete onde jogadas são exaustivamente pensadas e trabalhadas pelas equipes, no futebol parece um ato de improviso, com poucas jogadas planejadas e articuladas oriundas de lances de lateral.
Sendo assim, proponho que a cobrança de lateral seja trabalhada mais no plano tático e enxergo duas situações distintas, uma ação conservadora e uma ação mais agressiva. Em ambas devemos definir algumas regras básicas:
- Estabelecer de 3 a 5 jogadas no máximo e treiná-las a exaustão. Uma jogada é um lance de precisão e necessita de muito ensaio.
- Ter um cobrador oficial em cada lado do campo, pois ele tem o papel principal de fazer a leitura do lance, chamar e iniciar a jogada.
- Fazer a leitura da marcação, se por zona/territorial ou individual sob pressão e ter jogadas para cada tipo de evento.
- Estabelecer de 2 a 3 jogadores recebedores por jogada, os demais devem contribuir no posicionamento tático, cobertura e pontos de ligação.
- Explorar as habilidades mais importantes de cada jogador com o intuito de potencializar o resultado, ou seja, se o jogador é veloz ele deve ser orientado para explorar esse potencial. O oposto também deve ser observado, por exemplo, no caso do jogador ter baixa estatura, não se deve trabalhar para que ele participe de jogadas aéreas onde a chance de êxito é menor.
- Explorar as habilidades em grupo como triangulações e bloqueios da marcação.
Nas ações classificadas como agressivas o foco é propiciar jogadas de ataque e estão sujeitas a riscos. Nesse tipo de lance deve se explorar a velocidade dos atacantes lançando a bola em pontos futuros, os chamados lançamentos no vazio até porque não há impedimento na cobrança de lateral, além de jogadas de cruzamento na área e finalização a gol.
Por fim, além de árduo treino, as jogadas constantemente precisam ser avaliadas, retornando índices de acerto e objetividade visando seu aprimoramento.
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