Infelizmente não assisti ao referido programa, mas na comunidade oficial da Ferroviária no Orkut o assunto repercutiu em tom de denúncia. Palavras fortes sugiram como “dar o chapéu” e "golpe". Os principais fatos envolvem o registro na Federação Paulista de Futebol como sendo de posse da S/A, o poder de decisão e o pagamento de dívidas na venda do imóvel, estádio da AFE, para a prefeitura.
Independente dos fatos levantados na matéria e de eventuais disputas políticas e de poder entre as entidades alguns fatos não são esclarecidos para a torcida grená e comunidade araraquarense. São eles:
Contrato de venda do imóvel (direitos e obrigações)
- Comenta-se que, o contrato de venda do imóvel previa a quitação das dívidas da AFE como forma de pagamento, além de outros acertos referentes às cadeiras cativas e uso da Arena. Tais questões até hoje não estão sanadas e ainda são objeto de discussão e entreveiros entre as partes. Afinal quais são os pontos em discordância?
- Qual a dívida que se entende dever ser paga pela prefeitura municipal? Qual a posição do prefeito com relação a ela? Esses valores são mensuráveis, há um devedor incontestável ou recai em suposições ou interpretações legais?
- Por que passados anos até o momento não foram promovidas ações judiciais por eventual descumprimento de contrato?
- Quais eram as responsabilidades de cada um na assinatura do contrato?
- Quais eram os responsáveis em desempenhar as atividades jurídicas na gestão e quitação do passivo até o seu encerramento?
- Por que esse contrato não é público?
- Novamente definiu um modelo de gestão que suponho regido por um contrato. Se há divergências, por que a AFE e seus conselheiros não fazem cumprir judicialmente o estabelecido?
- Se discordam do estabelecido em contrato porque então o assinaram?
- O contrato reza que as decisões devem ser tomadas em consenso com a diretoria da S/A e os conselhos envolvidos?
- O que diz o contrato com relação ao registro na Federação Paulista de Futebol? O contrato define a S/A como sucessora dos direitos e obrigações? Se a AFE está amparada em contrato por que não reivindica seus direitos junto a federação?
- Por que após longos anos nada foi feito ou demonstrado pela AFE com relação a seu entendimento de direito no registro da FPF se o registro é público?
- Quais os riscos do modelo de gestão atual na continuidade do futebol profissional?
- Porque a S/A e a AFE não estabelecem um modelo organizacional pautado na transparência de informações?
- Qual o papel do conselho da AFE atualmente? Qual a sua atividade fim?
- Se tem responsabilidades, direitos e deveres por que não se reúne e exerce suas atividades?
- Qual a posição da AFE perante os pontos abordados? Por que não se pronuncia oficialmente?
- A AFE se vê no direito de requerer o futebol profissional novamente. Se sim, por que não o fez quanto o time estava na B1 do Paulistão?
- Por que não é acessível a entrada de novos associados e com direito de pleitear posições na diretoria e no conselho da AFE?
- Há tempos cogita-se a fusão da AFE e Ferroviária S/A. tendo como premissa até a extinção da S/A, pois seus encargos como empresa são muito mais onerosos para a atividade. Se existe, como está este processo?
- Os problemas para a união são legais ou políticos? Quais são?
Ressalto que a falta de transparência só fomenta um ambiente conturbado, inseguro e de especulações. Continuo a parafrasear os colegas da equipe do São José, "O torcedor é o nosso maior patrimônio". Há que se ter respeito por toda uma nação.
Por fim, esclareço e deixo claro que não tenho nada contra quaisquer pessoas da AFE, S/A e políticos locais, apenas prezo pela clareza de idéias e o compromisso com a verdade.
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