segunda-feira, 28 de março de 2011

Fator Casa como fonte de performance

Fator Casa ou a linha de estudos denominada Home Advantage (HA) é análise da tendência das equipes, de que quando jogam em casa vencem mais de 50% dos jogos. Na Ferroviária, neste Campeonato Paulista da série A2 de 2011, este foi um dos pontos cruciais da derrocada grená na competição.

É lógico que a principal questão refere-se à qualidade do elenco, comissão técnica, trabalho em equipe, plano tático e outros aspectos diretamente ligados a performance da equipe, mas quero hoje abordar os pontos que se referem ao Fator Casa.

Diferente de outras equipes o fator casa é sempre uma questão polêmica quando o assunto é equipe da Ferroviária, sua torcida e a Arena da Fonte.

O que noto é um certo desprestigio com uma condição tão importante para os objetivos da AFE. Jogar em casa por princípio remete a valorização da perfomance do time em conhecer seus domínios, as dimensões e qualidades do campo de jogo, a familiaridade e as referências visuais de orientação e posicionamento em campo, enfim aspectos nas batalhas ligados a territorialidade.

Aliado a estes fatores temos os aspectos de intimidação, estresse e pressão tanto na equipe adversária como na arbitragem oriundos da influência exercida pela torcida, potencializada pela volume de torcedores presentes.

Aspectos psicológicos dos jogadores da casa também são afetados havendo um incentivo motivacional pautado principalmente no orgulho, confiança, expectativas positivas, superação e agressividade.

É de conhecimento também que a proximidade com sua torcida aumenta a cobrança gerando estresse, nervosismo, ansiedade, pressão por resultados e medo de errar, fatores que por vezes deterioram quaisquer atributos positivos de se jogar em casa, principalmente no aspecto psicológico do atleta.

Pois bem, na Ferroviária suponho que os aspectos negativos tomaram uma grandiosidade relevante sendo nítido o desconforto de alguns atletas em atuar na Arena Fonte e perante a sua torcida.

Vejo a necessidade de se trabalhar, individualmente e em grupo, com os atletas que permaneceram no elenco a fim de modificar experiências negativas, impressões e preconceitos que determinem o efeito psicológico negativo e de forte influência em todo o grupo.

Mas como se faz isso? O primeiro passo é a conversa, entender como cada indivíduo se vê jogando na Arena da Fonte, seus sentimentos, seus comportamentos, seus temores e crenças. Tendo em mãos esse diagnóstico cabe ao comando técnico modificar com ferramentas e ações para que as condições do fator casa se revertam positivamente.

A torcida é sensível e passional, e diante dessa condição de espectador, logicamente tem por hábito julgar. Assim, cabe ao grupo de jogadores saber engajar seus torcedores para que o apoio se torne incondicional.

Um outro ponto a destacar é o público pagante. É notório que mais torcedores comparecem aos estádios em função do sucesso do seu time, principalmente jogando em casa. Quanto mais não se ususfrui do fator casa, como aconteceu neste campeonato, mais distante, tenso e reduzido este é, afetando também, de forma impactante, a renda, uma das fontes essenciais para a sustentação do clube.

Vamos reagir Ferroviária. Vamos trabalhar para vencer.

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